“O analfabeto do século 21 não será aquele que não consegue ler nem escrever, mas sim aquele que não consegue aprender a desaprender para reaprender!” – Alvim Tofler
Inicio esse artigo com essa frase provocativa que me inspira diariamente a buscar o aprendizado contínuo e minha evolução pessoal e profissional, me convidando constantemente a me desapegar de algo que já sei, para me abrir para o “NOVO”. Isso significa se reinventar, se adaptar, evoluir e transformar.
Cada vez mais os profissionais serão valorizados pelas transformações que geraram por onde passaram e pelo seu legado. Hoje, “reinvenção” é a palavra-chave.
Em mais de 20 anos atuando como mentora, conheci e avaliei a gestão de mais de 1.000 empresas de diversos segmentos e portes. Além de ter contato com as melhores práticas de mercado, também presenciei muitas dores no dia a dia da gestão destas organizações e principalmente nas relações interpessoais. Isso sempre me gerava bastante incômodo e um desejo enorme de contribuir com todos, usando meu aprendizado e atuando como consultora de empresas.
Durante a condução dos projetos, uma das metodologias que aplico consiste em gerar questionamentos e reflexões sobre porque determinada rotina é realizada daquela forma, e, pasmem, as respostas que escuto são: “Sabe que eu não sei?! Desde que cheguei na empresa me disseram que era para ser feito desta forma e assim eu venho fazendo. Nunca parei para me questionar” ou “A empresa criou este controle, mas, para ser bem sincero, não vejo nenhuma utilidade e valia” ou, ainda, “Eu recebo este relatório da outra área, mas nós não utilizamos nenhuma informação dele”.
Aí quando questiono: E você nunca procurou a outra área para dizer isso? A resposta muitas vezes é: “Nosso dia a dia é muito corrido”. Noto que faltam nas relações ingredientes fundamentais: o respeito mútuo no sentido de compreender o impacto do seu trabalho e das suas entregas no trabalho do outro; a comunicação assertiva e humanizada e o alinhamento de necessidades e expectativas.
Triste não é mesmo? Por isso que percebo em muitas organizações uma jornada pesada. Então, meu primeiro convite para você é: Questione e busque compreender o porquê das coisas. Tudo tem que fazer sentido e ter uma utilidade. Cada vez mais neste mundo VUCA acelerado e em constante transformação, precisamos ter rotinas assertivas na gestão que levam ao aumento da produtividade, redução de retrabalhos e alinhamento de propósito, com uma gestão humanizada e engajada para a entrega dos resultados.
Como meu papel é trazer provocações que levem vocês a reflexões sobre as práticas e modelos de gestão que podem estar sendo adotados nas empresa, com a missão de identificar mudanças e gerar transformações proponho abordarmos o contexto da inteligência artificial para mostrar a importância de revermos a abordagem de gestão, considerando a potência que ela pode proporcionar ao seu negócio.
A princípio não devemos nos assustar com este avanço nem enxergá-la como uma ameaça de desemprego em massa, mas, sim, compreender que esse avanço tecnológico nos trará inúmeras facilidades, mas que agora devemos focar o nosso olhar nas pessoas, com o objetivo de investir cada vez mais no desenvolvimento das suas habilidades comportamentais, também conhecidas como soft skills, para gerarmos um ambiente saudável e humanizado em busca de melhores resultados.
De acordo com o International Association of Artificial Inteligence, a inteligência artificial já é capaz de:
- Compreender o contexto;
- Extrair informações relevantes de uma conversa;
- Planejar e otimizar;
- Falar;
- Interagir;
- Responder adequadamente a um problema;
- Gerar frases e histórias;
- Reconhecer pessoas e objetos;
- Negociar;
- Aprender padrões;
- Seguir regras estabelecidas.
A partir dessas constatações sobre a inteligência artificial, sugiro que você reflita e avalie quais dessas habilidades você já possui e quais deve desenvolver ou melhorar. Elas estão intrinsicamente relacionadas às soft skills que são seus diferenciais que irão garantir seu sucesso pessoal e profissional.